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REFORMA TRIBUTÁRIA 2026: O QUE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS PRECISAM SABER AGORA
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REFORMA TRIBUTÁRIA 2026: O QUE MICRO E PEQUENAS EMPRESAS PRECISAM SABER AGORA
A Reforma Tributária começa a sair do papel em 2026 e promete mexer com a rotina, o caixa e o futuro das micro e pequenas empresas. Quem é pequeno não pode ignorar essas mudanças, porque elas afetam diretamente preço, competitividade, regime tributário e até a relação com clientes maiores. O objetivo aqui é explicar de forma simples e prática o que realmente importa para quem toca um negócio pequeno.
1. O NOVO SISTEMA TRIBUTÁRIO
Com a reforma, vários impostos que já estão aí há décadas serão substituídos. ICMS, ISS, PIS, Cofins e IPI vão dar lugar a dois tributos: IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). A ideia é ter menos impostos, funcionamento mais simples e crédito tributário funcionando de verdade.
Para micro e pequenas empresas, isso pode ser bom ou ruim. Depende muito do modelo de negócio. Empresas que compram bastante insumo ou mercadoria tendem a se beneficiar mais, porque vão aproveitar créditos. Empresas de serviços podem sentir um pouco mais no bolso, dependendo da alíquota final.
2. O SIMPLES NACIONAL VAI CONTINUAR, MAS COM MUDANÇAS
O Simples não acaba, mas muda na prática. O governo vai permitir que o empresário continue pagando pelo DAS, mas, se quiser, pode optar por recolher o IBS e a CBS “por fora”, fora do DAS. É o chamado modelo híbrido.
Qual o ponto principal? A empresa que optar por pagar IBS e CBS por fora poderá usar créditos tributários — algo que hoje o Simples praticamente não permite. Só que essa escolha exige estudo. Em alguns casos, recolher por fora pode reduzir carga tributária; em outros, pode aumentar. Vai depender do setor, do tipo de cliente e da margem do negócio.
3. RECEITA BRUTA VAI MUDAR DE DEFINIÇÃO
Essa é uma mudança que muita gente está ignorando, mas que pode causar impacto forte. O conceito de receita bruta deve ser ampliado. Operações realizadas por conta de terceiros e outras situações que antes não entravam como faturamento poderão entrar agora.
Na prática, isso pode levar algumas empresas a mudar de faixa no Simples ou até perder o enquadramento. Quem trabalha com comissionamento, intermediação, marketplace, dropshipping ou operações parecidas deve ficar atento.
4. SPLIT PAYMENT (PAGAMENTO DIVIDIDO)
O novo sistema prevê que, ao emitir a nota fiscal, parte do imposto será automaticamente destinada ao governo. Isso reduz risco de sonegação, mas exige organização, sistema atualizado e controle do fluxo de caixa. Pequenas empresas que usam métodos muito manuais terão que se modernizar.
5. RISCOS PARA MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
A reforma não é totalmente favorável para todo mundo. Alguns riscos que merecem atenção:
Possível perda de competitividade para quem vende para empresas maiores. As grandes vão preferir fornecedores que gerem créditos de IBS e CBS, e pequenas empresas do Simples podem não entregar isso.
Aumento do custo de compliance, já que o sistema será mais tecnológico e exigirá mais controle.
Transição longa, de 2026 até 2033, com convívio de regras antigas e novas.
Chance de aumento de carga tributária em setores de serviços com pouca possibilidade de crédito.
6. OPORTUNIDADES PARA QUEM SE PREPARAR
Apesar dos riscos, existem oportunidades reais:
Empresas que conseguem aproveitar créditos podem reduzir sua carga tributária de forma significativa.
Mais transparência no cálculo dos impostos, o que ajuda na precificação e na gestão financeira.
A profissionalização da gestão tende a melhorar o relacionamento com bancos, fornecedores e investidores.
Um espaço maior para fazer planejamento tributário de verdade.
Possibilidade de o Simples ter ajustes e ampliação de faixas no futuro.
7. O QUE A MICRO E PEQUENA EMPRESA DEVE FAZER AGORA
Não dá para esperar 2026 chegar. É hora de se preparar:
Simule cenários com o contador: IBS dentro do Simples x por fora, impacto na margem, créditos possíveis.
Reforce ou modernize o sistema de emissão de notas, estoque e financeiro.
Capacite a equipe para entender o básico da mudança.
Organize fluxo de caixa pensando no split payment.
Faça um planejamento tributário anual e acompanhe a regulamentação da reforma.
Tenha suporte contábil especializado, porque as decisões dos próximos anos podem economizar — ou custar — muito dinheiro.
CONCLUSÃO
A Reforma Tributária é uma mudança grande, e quem é pequeno precisa estar três passos à frente. Não é hora de esperar para ver. É hora de entender, simular, ajustar e se preparar. Quem fizer isso vai pagar menos imposto, ganhar competitividade e crescer. Quem deixar para depois vai sentir no bolso.
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